OPINORAMA

ÉTICA NA MÍDIA x FORMADORES DE OPINIÃO


22 de nov. de 2007

Ética e exposição

Texto 1:

Ética e exposição

O que leva os jornalistas a buscarem exposição na mídia chamada de "mercado de celebridades" ?

Pessoas que freqüentam programas e capas de revistas
de celebridades mas que são jornalistas por formação vêm recebendo uma atenção cada vez maior, como a que recebem atores, galãs da moda, etc.

O que faz com que essas pessoas busquem esse tipo de notoriedade?

O casal de jornalistas Willian Bonner e Fátima Bernardes, apresentam um dos programas com maior índice de audiência da televisão brasileira, o Jornal Nacional, e por isso podem ser considerados como um fenômeno de popularidade e exposição. Portanto é de se estranhar que eles concedam permissão à revistas como Caras e Quem de cobrirem o
aniversário de seus três filhos gêmeos, e depois de fazerem poses, caras e bocas para todos os momentos da “festinha”, abrirem sua “ intimidade familiar” em entrevistas que serão a matéria de capa, que terá a família feliz, exposta e sorridente.

É muito estranho o fato de que Tais Araújo e Fernanda Lima
sejam jornalistas por formação, e exerçam funções paralelas às suas carreiras de atrizes como produtoras e redatoras de programas de menor exposição e audiência.
Fernanda produz um quadro dentro Fantástico, que também co-dirige, e Taís é co-produtora e apresentadora, com direito à entrevistas, do programa do canal GNT Superbonita.

Não há uma definição clara do que define o cenário
midiático, neste aspecto, mas o que há são casos que sem dúvida levantam questões válidas para se debater.


Texto 2

Jornalismo como um show de negócios

Formar opinião não é um trabalho muito fácil. Ainda mais no retrato da mídia atual. Os profissionais que são responsáveis por propagar a informação, os comunicadores, entram em outro campo a ser discutido: a fama. O que acontece quando jornalistas desejam a fama excessiva e transformam o trabalho sério e informativo em mero espetáculo?
Alguns "astros" midiáticos polêmicos no Brasil fazem com que a profissão ganhe um valor meramente mercadológico. Casos como o da Mônica Veloso, Marília Gabriela, Faustão, Fernanda Lima e Taís Araújo são exemplos de profissionais da comunicação – jornalistas -, que procuram o estrelato. Essa junção de se ter uma imagem "produzida" e fazer um trabalho jornalístico competente e imparcial entra em debate e passa pela ética tanto profissional como pessoal do comunicador. Querer algo a mais e aproveitar as oportunidades são fatores que fazem com que jornalistas embarquem nesse mundo de aparências. O cenário permite discussões e diversas opiniões sobre o tema. Na opinião de especialistas da área o trabalho competente pode ser realizado das duas maneiras, desde que haja ética. Já para outros , o problema ocorre quando confunde-se a técnica jornalística com o show de negócios e interesses. Ser jornalista e ao mesmo tempo apresentador ou ator pode prejudicar a carreira jornalística de um profissional porque o que predomina é a imagem de artista e não de jornalista, o que gera, quando ele atua como jornalista, menor credibilidade do público. A exposição desses profissionais na mídia gera um mercado atual de celebridades e conflitos discutidos tanto por profissionais da área como pela população em geral.

Leia mais sobre o assunto:

http://observatorio.ultimosegundo.ig.com.br/artigos.asp?cod=331IMQ002 http://www.alagoas24horas.com.br/conteudo/index.asp?vEditoria=Celebridades&vCod=37893 http://www2.metodista.br/unesco/jbcc/jbcc_mensal/jbcc286/jbcc_polemicas_1.htm


Créditos da foto:
http://www.saberweb.com.br

Isabelle Mani, Nayara Marques e Rúbia Menezes.

13 de set. de 2007

Atividade 1

1. Avalie a usabilidade de um site jornalístico quanto aos quesitos abaixo e justifique as respostas:
- Clareza na comunicação: O site demonstra ter uma percepção correta de quem é o seu público? A linguagem é adequada ao tipo de leitor que ele procura?
Veículo: Último Segundo
Resposta: Sim, o público do site é composto de pessoas que não dispõe de tempo para procurar sites sobre áreas jornalísticas especificas, mais complexas e com coberturas mais profundas. Em resumo, as noticias são colocadas no site d eforma resumida e objetiva, com o lead e pouco mais.
- O objetivo de quem acessa é ter acesso rápido às notícias.
- Acessibilidade: O tempo de carregamento das páginas é um obstáculo para a navegação?
Não, é bem simples e “celan”, não tem um layout pesado. É fácil sim achar nomes e webmaster.
É fácil descobrir o canal de comunicação com o autor dos textos, ou administrador do site?
- Consistência: As páginas têm elementos gráficos que dão unidade ao site? Existem recursos que prejudicam a funcionalidade das páginas?
Acho bem simples e prático.
- Navegação: Os links são claros nas intenções e eficazes em levar ao destino indicado? O tamanho das páginas é compatível com o conteúdo?
É, corresponde bem ao que é proposto.
- Apresentação visual: O site é faz bom uso da cor? Há algum tipo de exagero no layout que possa ser corrigido?
Não, são usadas poucas cores, layout simples.
- Mudanças: O que poderia ser feito para melhorar visualmente, ou deixar mais funcional, o site em questão?
Banco de notícias relacionadas ao texto publicado.

o que é a Web 2.0???

O termo Web 2.0 é utilizado para descrever a segunda geração da World Wide Web --tendência que reforça o conceito de troca de informações e colaboração dos internautas com sites e serviços virtuais. A idéia é que o ambiente on-line se torne mais dinâmico e que os usuários colaborem para a organização de conteúdo.Dentro deste contexto se encaixa a enciclopédia Wikipedia, cujas informações são disponibilizadas e editadas pelos próprios internautas. Também entra nesta definição a oferta de diversos serviços on-line, todos interligados, como oferecido pelo Windows Live. Esta página da Microsoft, ainda em versão de testes, integra ferramenta de busca, de e-mail, comunicador instantâneo e programas de segurança, entre outros. Muitos consideram toda a divulgação em torno da Web 2.0 um golpe de marketing. Como o universo digital sempre apresentou interatividade, o reforço desta característica seria um movimento natural e, por isso, não daria à tendência o título de "a segunda geração". Polêmicas à parte, o número de sites e serviços que exploram esta tendência vem crescendo e ganhando cada vez mais adeptos. Confira um glossário da Web 2.0 elaborado pela Folha de S.PauloAdSense: Um plano de publicidade do Google que ajuda criadores de sites, entre os quais blogs, a ganhar dinheiro com seu trabalho. Tornou-se a mais importante fonte de receita para as empresas Web 2.0. Ao lado dos resultados de busca, o Google oferece anúncios relevantes para o conteúdo de um site, gerando receita para o site a cada vez que o anúncio for clicado Ajax: Um pacote amplo de tecnologias usado a fim de criar aplicativos interativos para a web. A Microsoft foi uma das primeiras empresas a explorar a tecnologia, mas a adoção da técnica pelo Google, para serviços como mapas on-line, mais recente e entusiástica, é que fez do Ajax (abreviação de "JavaScript e XML assíncrono") uma das ferramentas mais quentes entre os criadores de sites e serviços na web Blogs: De baixo custo para publicação na web disponível para milhões de usuários, os blogs estão entre as primeiras ferramentas de Web 2.0 a serem usadas amplamente Mash-ups: Serviços criados pela combinação de dois diferentes aplicativos para a internet. Por exemplo, misturar um site de mapas on-line com um serviço de anúncios de imóveis para apresentar um recurso unificado de localização de casas que estão à venda RSS: Abreviação de "really simple syndication" [distribuição realmente simples], é uma maneira de distribuir informação por meio da internet que se tornou uma poderosa combinação de tecnologias "pull" --com as quais o usuário da web solicita as informações que deseja-- e tecnologias "push" --com as quais informações são enviadas a um usuário automaticamente. O visitante de um site que funcione com RSS pode solicitar que as atualizações lhe sejam enviadas (processo conhecido como "assinando um feed"). O presidente do conselho da Microsoft, Bill Gates, classificou o sistema RSS como uma tecnologia essencial 18 meses atrás, e determinou que fosse incluída no software produzido por seu grupo Tagging [rotulação]: Uma versão Web 2.0 das listas de sites preferidos, oferecendo aos usuários uma maneira de vincular palavras-chaves a palavras ou imagens que consideram interessantes na internet, ajudando a categorizá-las e a facilitar sua obtenção por outros usuários. O efeito colaborativo de muitos milhares de usuários é um dos pontos centrais de sites como o del.icio.us e o flickr.com. O uso on-line de tagging é classificado também como "folksonomy", já que cria uma distribuição classificada, ou taxonomia, de conteúdo na web, reforçando sua utilidade Wikis: Páginas comunitárias na internet que podem ser alteradas por todos os usuários que têm direitos de acesso. Usadas na internet pública, essas páginas comunitárias geraram fenômenos como a Wikipedia, que é uma enciclopédia on-line escrita por leitores. Usadas em empresas, as wikis estão se tornando uma maneira fácil de trocar idéias para um grupo de trabalhadores envolvido em um projeto.

Fonte: Folha Online

1 de jul. de 2007

Eu e Britney




Britney Spears is all over the map and many believe another meltdown can only be right around the corner. She is again battling with her still husband Kevin Federline over the terms of her divorce. She turned up in short shorts picking and scratching and delivered some sort of a letter to her mom. She is claiming that her rehab was all fake and was reportedly so convinced that second hand dope smoke would cause her to fail a drug test that she went bald.
Britney Spears Meltdown Redux?
According to sources cited by AOL Celebrity website TMZ.Com, Britney was on Prozac and once she quit taking it her post-partum depression became worse and that's when she melted down before the paparazzi cameras.
***
According to that report, Federline threatened to go public by going to court to wrestle custody from her if she didn't go to rehab. Sources say Spears could not withstand the pressure from her mom, Federline and Rudolph, and checked into Promises last February 20. But she now says she didn't need rehab.
Well, she's again battling the same folks. Nothing seemingly has been resolved and again she again may be pushed to the edge. Is there a Britney meltdown redux upcoming? One cam only hope that for those two little boys sakes that there isn't.


Tenho uma compaixão enorme por ela...Quando todo o mundo viu e reviu todas suas crises, e ela virou uma "humana" perante nossos olhos, eu passei a respeita-la e a sentir compaixão por sua aparente dor...muita...
Eu consigo me colocar " in her shoes " e a compreendo. Ela tem a minha idade, e uma vida que não é mais dela inteiramente. São milhares de pessoas com fácil acesso a todos os atos da sua vida que podem, e provavelmente irão, julga-la por eles. E ela não tem o menor controle sobre isso além de ser quem é. E é isso que acredito que esses últimos dois anos foram, uma busca confusa, porém sincera, de uma mulher que queria desesperadamente descobrir quem era fora do que acreditavam que ela deveria ser.
O que faz uma pessoa que cresceu com comportamentos programados por outros? Ela passa a agir sozinha sem nenhuma experiência de como conduzir sua própria vida com sua próprias rédeas. O que faz uma criança que começa a pintar sozinha? Ela passa tinta além das linhas marcadas, faz borrões no lugar de desenhos, pinta a folha e tudo em volta dela, e a bagunça é enorme. Mas depois de um tempo os desenhos passam a ser coesos, a escolha das cores começam a se adequar, e a sujeira e bagunça consequentes se tornam cada vez menores.
É assim que eu vejo Britney, uma mulher que teve coragem de passar por cima de tudo e de todos para tomar as rédeas da própria vida, e " ousou " não se passar por um produto do trabalho de alguém, mas sim correr o risco de pintar como bem entendesse, e arcar com a bagunça e sujeira que poderiam acontecer. Sozinha.
Quem até os 25 anos nunca namorou o homem errado apesar de todos lhe dizerem isso? Tomou um porre, ou vários com as amigas? Escolheu amizades erradas? E quem teve dois filhos em dois anos, e teve de ouvir e ler de que sua carreira estava acabada, que estava gorda, que erra burra e idiota por se casar com uma piada, e que seu filho mais velho tinha cara de deficiente mental?Quem teve de lidar com o fracasso de seu casamento publicamente, assim como suas tentativas de se recuperar, de se animar como uma garota da sua idade faria ?
Eu não consigo imaginar o que eu faria em seu lugar se tivessse passado por tudo isso em tão pouco tempo..
A fama é um dos maiores fardos que eu conheço. Enquanto lhe dão tudo e lhe colocam em um pedestal, acham que podem opinar a respeito de qualquer aspecto da sua vida por causa do poder que lhe deram. Ela não é sua, ela é um bem público, da humanidade, e a pessoa a quem ela foi dada deve se abnegar e continuar entretendo como foi combinado com seus criadores, que a sustentam, que decidem o rumo dessa vida.
É quase que uma venda da alma ao diabo, não tem volta...
E ela era uma criança quando sua mãe a "entregou" a essa vida. Claro, vocês podem estar pensando que ela leva essa vida porque quer, " Ó pobre menina rica ", mas será mesmo?
Em que ponto da trajetória da sua vida Britney Jean Spears sentiu necessidade de descubrir quem era? Quando tinha 16 e posava semi-nua para a revista Rolling Stone? Quando sua virgindade era debatida em programas matinais americanos? Enquanto sua personalidade foi sendo moldada por um bando de executivos e especialistas com o aval de seus pais?
Quando foi que ela decidiu desafiar os " Deuses da fama"?
De não ir maquiada ao supermercado? De não se sentir na obrigação de se vestir para os outros?
De se sentir no direito de se magoar com sua mãe quando essa tramou com seu ex-marido para lhe colocar numa clínica de reabilitação sob a ameaça de perder a custódia dos filhos? Se ela necessitava ou não isso é uma outra história. E como ela se sentia? Não importa? Não faz diferença? Tudo em nome da moral americana e da aparência...Mas e ela, a pessoa, a mãe, a filha, qual era a opinião dela?
Britney Spears ousou desafiar a máquina. Decidiu colocar sua carreira e fama em risco para poder viver sua vida do jeito que queria. Assumiu todo o feedback negativo que poderia receber, e não desistiu de tentar mesmo depois de errar algumas coisas, e se desculpar publicamente em seu site para seus fãs que a apoiavam.
Britney é uma guerreira, uma rebelde com causa. Uma mulher corajosa.
Eu a admiro e respeito por isso...e torço por ela...
Isabelle Mani

11 de jun. de 2007

4 de jun. de 2007

FEEDBACK!!!

Comentários na comunidade "Das Impostora" no orkut sobre a entrevista do OPINORAMA.

CONCEITOS ÉTICOS GERAM POLÊMICA


A ética de formadores de opinião é atualmente sempre posta à prova, visto que abrange diversos conceitos nem sempre compreendidos pelas pessoas de forma geral. Nem tudo aquilo que é visto como antiético na verdade o é. Entende-se por ética o conjunto de valores que moldam comportamentos a partir de normas sociais, porém a ética é relativa, depende do tempo e do lugar em que você se encontra, afinal os valores podem variar em função da cultura e do grupo social e não são universais.
Muitas vezes, fazemos um pré-julgamento sem muitas vezes avaliar todas essas condições, o que se torna algo perigoso. No caso Roberto Carlos, principalmente os fãs, consideraram sua postura “pedante” e “antiética”, mas na verdade se fizermos uma análise mais abrangente, o que pode estar errado, de fato é a maneira como foi feito, mas não o processo em si, visto que o conteúdo do livro o atingia de forma negativa, em algum momento.
Para a jornalista Clarissa Dumiense a postura do cantor só foi considerada errônea pelo fato de o livro ter sido escrito por um fã, o que fez todos os outros também se sentirem atingidos.
“Os fãs de forma geral se sentiram mal por acharem que teriam o direito de ter acesso a esse tipo de informações, mas não observaram o outro lado. Eu não li o livro, mas tenho acompanhado bastante o assunto e vejo que é muito delicado. Não sei se no lugar dele eu publicaria. Fatos que não devem ter sido ainda superados por ele foram colocados ali de forma indevida. É complicado julgar a postura dele, de fora é fácil falar, porém não sabemos de que forma essas coisas o afetam. Não acredito que ele esteja fazendo isso para chamar atenção, para estar na mídia, como muitos dizem”.
Com relação ao casamento de Ana Maria Braga com Marcelo Frisoni, empresário acusado de ter cometido crimes, Clarissa diz que além de serem apenas especulações, dizem respeito única e exclusivamente a ela, pois faz parte de sua vida pessoal. “Um (a) jovem não será influenciado a se casar com uma criminosa (o) por causa disso. Acho que é algo que diz respeito só a ela, não falta ética no caso, falta discernimento, caso isso realmente seja verdade, do que isso trará para a vida dela. O problema é que as pessoas não entendem a responsabilidade social e a ética de forma correta. Toda atitude que foge ao comum, ao “aceitável”, as pessoas vêem como antiético e as vezes, salvo algumas exceções, julgam sem nem ter idéia da história por completo. Maldizem apenas por ser uma atitude diferente”, conclui.




Isabella Carretero

Impostores da hipocrisia


"Imagine só,o popozao de uma carioca, a cachorrada de uma curitibana e a ingratidão de um paulista, movidos apenas pela vontade de falar mal de todo mundo, passando pelos malditos fotologgers, por frequentadores do james, do atari, de hippies, metaleiros, indies, roqueiros, funkeiros, na verdade, falar mal de todo mundo que habita o planeta. "

Essa é a descrição do trio As Impostora, na página da banda no MySpace.;


Em entrevista com Cello Zero, produtor, dj e integrante desta banda que usa elementos "pop" e formadores de opinião que transitam na boca de todos os "nichos" e "tribos" que compõe a cena das boates e clubes de qualquer "eixo-pop" que se preze, descobrimos que o caçador também vira caça, e que toda crítica tem um fundo de auto-crítica.
O que quer que seja que se auto-denomine um grupo, uma tendência, que tenha uma "tarjeta de classificação" com caracteristicas próprias e seguidas por todos os " membros ", não foge da língua abusada e divertida dessas três figuras que não pertecem a tribo nenhuma, talvez a dos Sátiros,
que moravam nos bosques gregos, cuja guarda lhes estava incubida. Alegres, maliciosos, formavam a escolta de Dionísio ( o deus grego da festa e da bebida !) e tomavam parte em todas as suas festas, acompanhados das Ninfas.
E é esse sátiro, sem suas ninfas, que responde ás perguntas do OPINORAMA:

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OPINORAMA -
Cello, o que te inspirou a montar uma banda que " fala mal de todo mundo que habita o planeta"?

Cello
-
Na verdade a idéia foi da Vicky e da Bárbara para começar, para falar mal do Bonde do Rolê. Quando nos demos conta, já estávamos falando mal de todos mesmo, na verdade principalmente da gente e de pessoas ao nosso redor. Tudo é uma forma de autocrítica do meio que convivemos, dos exageros, que transformou as cenas e tribos criticadas em figuras caricatas de si mesmos, e deixar a imagem acima do que determinada tribo realmente teria que representar. São esses exageros que nos dão inspiração pra ridicularizar e fazer música.

OPINORAMA
- E hoje vocês tem fãs, e mesmo sem que queiram, há pessoas que os imitam, que seguem o que acham que vocês "pregam". Como você se sente fazendo parte do "outro lado" ?

Cello
- Na verdade é uma coisa que a gente não conseguiu assimilar muito ainda, a gente é banda pequena, isso assusta, saber que a gente tem fã, receber email... Tem lugar que a gente chega e vem gente querer conhecer a gente porque adora o nosso som e o que a gente fala.É divertido, mas dá medo principalmente porque nosso público em grande parte é adolescente, que ainda está na fase de formar a própria cabeça e a própria conduta, então a gente tem que prestar atenção no que faz e fala, imagina se um resolve copiar alguma atitude bizarra nossa?

OPINORAMA - Você acha que vocês tem algum tipo de responsabilidade ética em relação aos seus fãs, no sentido de que qualquer coisa que se origine de vocês enquanto personas "das Impostora " possa influenciar opiniões e comportamentos?
Cello -Toda a responsabilidade do mundo... como eu acredito que a maioria das pessoas (eu sou uma delas) quando é fã de alguém, tende a adquirir comportamentos e atitudes do alguém em questão. Seja modo de se vestir, modo de falar, opiniões, ou modo de se comportar em algum lugar, porque a partir do momento que você é destacado de alguma maneira, mais pessoas estão ouvindo e vendo o que você pensa e tem a dizer. É um exemplo besta e de alguém que tem um destaque infitamente superior à gente, mas lembra quando o Ronaldinho cortou o cabelo à la "Cascão"? Molecada fã dele foi lá e fez igual. A gente experimenta isso em proporção menor, mas isso acontece.

OPINORAMA - Cello, nosso podcast, do OPINORAMA, que você acabou de ouvir, discutiu a recente vitória na justiça do cantor Roberto Carlos sobre a editora que publicou uma biografia não-autorizada sobre ele. Qual a sua opinião, como comunicador ( Cello também trabalha na Editora Abril como redator ) e cidadão sobre o assunto?

Cello -
A partir do momento que ele (Roberto Carlos) é uma figura pública, ele está exposto à esse tipo de coisa, eu acompanhei pouco esse caso da biografia, mas não é sempre que dá pra confiar no que é dito por alguém de fora, as pessoas adoram inventar, e o que estava sendo mostrado na biografia são detalhes da vida pessoal dele. É dificil saber o que é fato e o que é invencionice. Quem escreveu, como jornalista e escritor, tinha que ter o clássico "compromisso com a verdade", e a verdade, não é necessariamente o que aconteceu, mas aquilo que se pode provar, isso é princípio básico de Direito. Roberto está certo de se preservar. Eu faria o mesmo que ele. Quem é comunicador não tem o direito de falar algo não autorizado, e pior, lucrar com isso, é imoral, anti-ético e ilegal na minha opinião.


OPINORAMA - E para fechar essa entrevista, nos conte quais os formadores de opinião do Brasil que você acredita que tem a melhor e a pior influência ética nos cidadãos...

Cello -
Essa quebrou minhas pernas uhahuahuahua...

É clichê falar isso, mas eu acho os formadores de opinião da televisão, especialmente os da Rede Globo, os piores, por serem absolutamente tendenciosos. Eu entendo o lado deles, é dinheiro, interesse político, e eles tendem pro que faça eles ganharem algo, é humano isso.
Melhores é quase impossível de responder, mas eu gosto muito da Penélope, da MTV, porque ela é debochada quando fala, bem no estilo que eu também gosto de ser com música, falar uma coisa querendo dizer outra...
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Para quem quiser ouvir as músicas da banda, acessem o site da gravadora Trama onde podem ser feitos downloads das músicas, ou o MySpace, e ativem o player que tem na página.

Até o próximo post!

Isabelle Mani

3 de jun. de 2007

Podcast




ROBERTO CARLOS E A CENSURA




"Não li o livro todo. Mas, me desagrada muito porque ofende a mim e pessoas que me são caras. É muito estranho que alguém lance mão da minha história, meu patrimônio pessoal em seu benefício e para um fim comercial. Estou muito aborrecido, meus advogados estão estudando a questão: vamos agir dentro da lei"- Roberto Carlos
.


Publicado na revista Veja do dia nove de maio, o artigo "A fogueira de Roberto Carlos" falava sobre o embargo jurídico que o cantor conseguiu impor à biografia não -autorizada "Roberto Carlos em Detalhes", feita pelo historiador Paulo César de Araújo e publicada pela editora Planeta. Muito já foi discutido sobre a polêmica que o "cala-te-boca" do cantor gerou, e as opiniões estavam divididas em relação à postura tomada por Roberto Carlos, se era censura à liberdade de expressão ou legítimo direito de defesa contra invasão de privacidade.

Paulo Coelho, em artigo na Folha de S. Paulo, censurou tanto o autor da proibição, por sua “atitude infantil”, quanto à própria editora por ter cedido tão facilmente em um acordo que colocou panos quentes na situação. O argumento de Coelho é de que o cantor é uma pessoa pública, portanto, as informações sobre sua vida não lhe pertencem. Ultimamente muito se debate sobre a questão do público/ privado e qual é a fronteira na sociedade contemporânea. Mas há uma questão que não foi abordada pela mídia e que seria importante destacar: muitos exemplares desse livro foram vendidos desde o lançamento e tantos outros estão em circulação até o momento. Estamos na era da fotocópia há anos, do scanner, da digitalização da informação e da internet. Ora, basta que alguém disponibilize o livro on-line, o que já foi feito por inúmeros blogs e sites, para que virtualmente esse material esteja disponível ao planeta inteiro, com imensa facilidade de acesso.

A pergunta que fica é a seguinte: qual a razão para se retirar de circulação mais de 10.000 livros, quando basta apenas um para que a informação esteja disponível a todos a qualquer momento? Não estamos mais na época da imprensa escrita e limitada e sim na era da tecnologia, da sociedade em rede, que é um sistema de comunicação inteiramente diferente da cultura letrada que predominou até os anos 80.
Esse atitude de Roberto Carlos, é, no mínimo, discutível. Talvez tivesse saído mais barato – em todos os sentidos – não ter feito absolutamente nada, e deixado o livro cair no esquecimento, o que provavelmente teria acontecido. Afinal, o que há de tão importante nessa história que não possa ser narrada ou que já não seja de domínio público, em uma biografia assumidamente favorável ao biografado, feita por um historiador confessadamente fã do cantor. Isso gerou um deja-vù dos anos de ditadura e censura para muita gente. Será que alguém ainda se interessaria em ler uma biografia do cantor hoje em dia ? Para quem é fã, acredito que sim, porém , para os questionadores, os fãs do contraditório, ler uma obra dessas seria muito mais um ato crítico do que condescendente.
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Isabelle Mani

22 de abr. de 2007

Opinorama/ temática

A proposta deste blog e do nosso podcast em produção é debater a responsabilidade ética de formadores de opinião de forma crítica e analítica.
Iremos abordar toda temática relacionada a fatos ou atitudes de figuras públicas e formadores de opinião que gerem atenção da mídia e tenham relevância jornalística, independente de o fato em questão ser voltado a temas de entretenimento, cotidiano, política e etc.
O questionamento ético e a apresentação de dois lados ( ou mais ) do mesmo tema elaborados a partir da pauta eleita para nossos podcasts ou posts serão o enfoque principal, em que pontos de vista opinativos dos membros do grupo trarão sempre visões diferentes com objetivo de desenvolver um debate com profundidade que nos leve ( nós, estudantes de jornalismo ) a "depurar" a postura da mídia e de quem a faz acontecer.
Vamos analizar as peças que compõe a máquina!
E claro, aprender com o funcionamento delas...

E que venham posts e podcasts!

Isabelle Mani, Isabella Carretero e Sueli Alves.